Dinheiro na mão é vendaval” já dizia a música. E sabe muito bem disso quem já andou com uma nota de R$50,00 na carteira por dias e nem ao menos considerou gastar, mas bastou usar a bendita nota para o restante evaporar como se nunca tivesse existido.

Pois é, os brasileiros não têm a melhor das relações com o dinheiro. Mas como gastar com consciência? Com as dicas abaixo você finalmente vai conseguir se fazer as perguntas certas na hora de gastar.

Conheça sua vida financeira

O processo de aprender a gastar com consciência envolve uma etapa muito importante que é conhecer cada detalhe da sua vida financeira em profundidade. Ou seja, saber os ganhos e os gastos, se houver dívidas, quais são as taxas de juros e a data de vencimento.

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Caso precise de ajuda para organizar a vida financeira, temos um artigo para isso nesse link. Organizar é a parte mais complexa, mas uma vez que consiga, manter será mais fácil. E a partir disso é possível identificar onde estão os principais gastos, ou seja, qual o grande vilão ou vilões da sua vida financeira.

Aprenda a reconhecer o que é essencial

O que é importante para uma pessoa, não necessariamente é para você. Por isso, ao buscar os gastos que realmente estão provocando um impacto na sua vida financeira, se questione se o culpado é realmente aquele cafezinho depois do almoço ou se ele na verdade não é algo que te proporciona um enorme prazer e ajuda a render mais no dia.

Claro, isso não deve ser usado para justificar todo e qualquer gasto. Mas sim para reconhecer o que é realmente importante para você. Alguns gastos essenciais são mais óbvios (água, comida, energia), outros demandam um pouco mais de atenção. Para facilitar o processo, você pode fazer alguns questionamentos.

Eu realmente preciso disso?

Caso não seja um gasto que supra uma necessidade básica, se questione se ele é realmente necessário ou não. Por exemplo, academia. Quantas vezes você foi, de fato, no último mês? Ou vários serviços de streaming.

Você está de fato consumindo todos eles e na proporção do pacote adquirido ou alguns nem se lembra da última vez que acessou? Alguns gastos se tornam tão automáticos que nem ao menos ponderamos a real necessidade de mantê-los ou sequer buscamos alternativas mais em conta.

Eu tenho dinheiro suficiente?

Se o dinheiro que você considera aqui é o do cartão de crédito, você não tem, quem tem é o banco. Se for uma quantia que ainda nem recebeu, você pode estar comprometendo sua vida financeira futura.

Por isso, se a resposta para essa pergunta for não e o gasto não for realmente necessário (você respondeu anteriormente), pode ser uma boa alternativa considerar deixar ele para outro momento futuro (já se planejando para isso agora que sabe que tem essa meta).

Lembre-se: ao comprar à vista normalmente os preços são mais baratos, se evitar juros é possível conseguir bons descontos.

Esse é o melhor preço?

A decisão está tomada e você irá adquirir o item ou serviço. Mas esse é mesmo o melhor preço? Aqui vale considerar na balança de um lado o preço e do outro a qualidade. Mas você pesquisou em várias lojas – online e física?

Se há esse produto em promoção em algum lugar? Se o valor em questão é pela marca ou de fato pela qualidade e se é possível encontrar similares com qualidade igual ou até melhor? Por fim, peça desconto! Pedir desconto é de graça, mas não pedir pode te custar dinheiro (literalmente).

Por que eu quero isso?

É muito importante entender o porquê das coisas. Você quer esse produto ou serviço, porque ele é importante para você ou porque ele está na moda? Quer mesmo ou está apenas suprindo um dia extremamente cansativo?

Permitir que o consumo se transforme em um mecanismo de compensação regularmente é um caminho fácil para o descontrole. Por isso, é importante nomear o motivo de querer determinado item.

Não há problema algum em querer algo que vá lhe proporcionar conforto ou prazer e não seja absolutamente essencial para suas necessidades básicas, caso isso caiba no seu orçamento. O problema é quando se opta por não gastar com consciência sem entender o porquê se está gastando.

Mas ao se fazer essas quatro perguntas, organizar sua vida financeira e aprender a identificar o que é essencial para você e não para as outras pessoas com certeza será mais fácil determinar se deve ou não prosseguir com a compra daqui em diante!

E uma dica é: se a resposta para qualquer uma dessas perguntas for não, fique atento, pode ser um sinal de alerta muito forte de que talvez esse não seja o momento certo para a compra em questão.