A cesta básica é um conjunto de itens que são fundamentais na sobrevivência das famílias e vem causando diversas dores de cabeça quando seu preço dispara e fica ainda mais pesado no bolso. Um dos problemas nesse aumento é que, no geral, o trabalhador não tem o mesmo retorno com o salário mínimo.

Pois, no ano de 2021, a cesta básica aumentou mais de 16% em relação ao ano anterior, enquanto o salário mínimo de conseguiu apenas 10%. Forçando a abrir mão do consumo e freando possíveis aquisições que poderiam fazer se mantivessem o poder de compra.

O que é a cesta básica?

Por definição, a cesta definida como básica tem como princípio o de alimentar uma família de 4 pessoas durante os 30 dias do mês. Além disso, é preciso conter itens não perecíveis como os produtos de limpeza fundamentais para a sobrevivência também.

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Uma das instituições mais populares de monitoramento dos preços é a DIEESE, basta clicar aqui para acompanhar dados atualizados sobre a cesta básica. Por fim, entre os itens que compõe uma cesta básica, estão:

  1. Carne.
  2. Leite.
  3. Feijão.
  4. Arroz.
  5. Farinha.
  6. Batata.
  7. Legumes.
  8. Pão.
  9. Café em pó.
  10. Frutas.
  11. Açúcar.
  12. Banha/Óleo
  13. Manteiga.

Lembrando que em alguns estados os itens podem variar, entretanto, sempre será um conjunto de proteínas, vitaminas, sais minerais, lipídios, carboidratos fundamentais ao ser humano.

O que é a cesta ampliada e quais suas diferenças com a básica?

Apesar da cesta básica ser um instrumento econômico muito forte para governantes interessados em conhecer o desenvolvimento do seu país, há outra modalidade muito conhecida. Ela vem da necessidade de que o básico, muitas vezes, não é o suficiente para viver o mês de forma tranquila.

Pois, em muitos casos, tudo precisa ser calculado de forma simétrica para que a família tenha sucesso em sua alimentação. Assim, foi criado outra métrica, a cesta básica aplicada, que segundo a FGV e outros meios de mensuração colocam nessa lista muito mais itens, dos quais podem sim se fazer presentes na mesa do brasileiro.

Quais os preços das cestas básicas no Brasil?

Segundo a plataforma da FGV IBRE em parceria com a HORUS que monitora os preços de forma atualizada das cesta básica, chegamos ao preço de Fevereiro de 2022 para algumas das principais do brasil como:

  • Belo Horizonte custa 520,81 ( + 5,6%).
  • Brasília custa 577,98 ( + 11%)
  • Curitiba custa 553,77 ( + 15,6%).
  • Fortaleza custa 656,24 ( + 8,3%).
  • Manaus custa 546,09 ( + 8,6%).
  • Rio de Janeiro custa 825,30 ( + 6,2%).
  • Salvador custa 664,09 ( + 7%).
  • São Paulo custa 787,39 ( + 8,9%).

Isso mostra uma coincidência muito ruim que é o aumento dos preços em todas as regiões onde a pesquisa foi aplicada. Levando a conclusão que será necessário as famílias abrirem mão ainda mais do consumo para tentar comprar alimento.

Menor preço da cesta básica é sinônimo de custo de vida menor?

Utilizando como referência, um dos maiores sites de análise de custo de vida do Brasil o é possível ver as cidades que disputam as primeiras posições nacionais são:

  • Mossoró no Rio Grande do Norte
  • Natal no Rio Grande do Norte.
  • Goiânia em Goiás.
  • João Pessoa na Paraíba.
  • Ribeirão Preto.

Portanto, é de se concluir: mesmo cidades centrais, como a capital Potiguar é possível ter um bom custo de vida e um dado que prova isso é o custo atual da cesta básica em torno de 557 contra 825 do Rio de Janeiro.

Quebrando por terra o mito de que para viver bem com pouco é preciso se mudar apenas para o interior.

Quantas cestas básicas é possível comprar com um salário mínimo?

Um dos caminhos para entender a situação do trabalhador brasileiro tem como principal alicerce a cesta básica. Quanto maior o número de cestas ele conseguir comprar com o rendimento que é cedido a ele por mês, melhor torna-se o poder de compra perante os itens perecíveis e não perecíveis. 

Por isso, utilizando como métrica o Rio de Janeiro, que tem a cesta mais cara do Brasil segundo a pesquisa anterior, um trabalhador ganhando 1200 reais como salário mínimo, teria condições de comprar apenas 1,45 de cesta básica.

Algo que é considerado crítico e, se não for remediado, pode levar milhões de pessoas para condições de pobreza e extrema pobreza por todo o país.

O que interfere no preço da cesta básica?

Apesar de ser alimento, está diretamente relacionado à economia e muitas pessoas desconhecem alguns fatores que afetam esse valor. Um exemplo muito bom é quando o dólar está com o preço acima do normal. Como somos um país voltado para commodities, ou seja, produtos em seu estágio bruto como soja, carne etc.  Quando a moeda nacional está desvalorizada, as empresas priorizam a venda em moeda estrangeira para priorizar o lucro.

Podendo diminuir a oferta por esses produtos no mercado nacional e com isso, a demanda supera a produção e faz os preços serem reajustados, integrando outro grande ensinamento da economia. Entretanto, seria simples ter apenas duas razões para elas aumentarem. Pois, era necessário apenas poucas ações emergenciais que a vida do brasileiro iria melhorar.

Pelo contrário, há milhares de fatores incidindo constantemente nesse preço e a melhor maneira de se blindar é sempre buscar rendimentos que ultrapassam a taxa de inflação durante o período.

Conclusão

Pelo visto, conhecer a cesta básica é muito mais do que comprar aquele pacote embalado no supermercado. Isso é apenas a ponta do iceberg, você precisa descobrir a parte restante acompanhando sites e fontes de conteúdo relevante como o nosso blog.

Assim, você se torna mais participativo e consegue definir por um pensamento independente o que está realmente acontecendo e o que é apenas uma cortina de fumaça no âmbito econômico. Por fim, ajude mais pessoas a conhecerem esse universo da cesta básica, compartilhe nas suas redes sociais o artigo.