Todos os anos, milhares de pessoas procuram fazer um consórcio. Eles tratam de um tipo de financiamento onde pessoas fazem grupos a fim de auto financiar algo, seja imóveis, serviços ou bens de vários tipos. Todos esses grupos têm a mesma finalidade, e são gerenciados pelas entidades que administram esses consórcios.
Permitidos pelo Banco Central, os consórcios possuem sorteio dos lances que beneficiam cada integrante dos grupos. O consórcio foi criado por um grupo de pessoas nos anos 60. Na época, eles eram funcionários do Banco do Brasil, e criaram um grupo e lá juntaram custos suficientes para adquirir automóveis.
Falando nisso, a criação dos consórcios faz referência direta ao desenvolvimento da indústria de automóveis no nosso país. Por causa de sua criação, ficou mais fácil para várias pessoas conquistar o seu carro dos sonhos. Leia esse artigo detalhado, e entenda tudo sobre os consórcios.
Como funciona o consórcio?
Essa forma de financiar seus interesses funciona assim: componentes de um grupo de consórcio realizam pagamentos de parcelas em determinados períodos, e essa renda é utilizada para a compra do serviço ou bem escolhido pelo grupo. Portanto, o valor real do item é dividido entre cada integrante, que paga uma parcela resultante da divisão. A duração desse consórcio também influencia no valor dividido.
A cada mês ou período definido para o consórcio, a instituição que o administra realiza um sorteio de uma porcentagem do fundo para que alguns integrantes do grupo o comprem. Essa é uma das maiores oportunidades para quem poderá custear o produto naquele momento, e é aí que entra a história dos lances. Cada pessoa do grupo é livre para dar seus lances, até que haja um vencedor.
Para uma pessoa entrar em um grupo de consórcio ela deve assinar um contrato confirmando sua própria participação, se atentando às regras como prazos, objeto, taxas, o número de cotas, etc. Mas, o que um grupo de consórcio realmente significa?
Do que se trata o grupo de consórcio?
Como falamos anteriormente, o grupo de consórcio é formado por várias pessoas, tanto físicas quanto jurídicas, que possuem o mesmo objetivo: Autofinanciar um serviço ou bem. Este pode se tratar de um imóvel, automóvel, viagem ou outros. O objetivo é que todos do grupo paguem parcelas iguais até obterem o valor do item, que pode ser leiloado a qualquer momento.
Um novo participante pode entrar em um grupo existente sem problemas nenhum. Assim como em um que ainda será formado. Neste caso, a entidade responsável pelo consórcio deverá está buscando outros integrantes, ou seja, nenhum sorteio foi realizado, tampouco pagamentos. Isso também significa que a assembleia geral não foi realizada, reunião responsável pela criação oficial desse grupo.
O que significa o lance?
Comum em consórcios em andamento, o lance se trata de uma proposta que agracia um ou alguns membros do grupo, por se tratar de antecipação de parcelas para entregar o item tão esperado. O lance funciona em casos de integrantes que queiram ofertar preços para financiar o seu objetivo, já que não foi sorteado.
Como em um leilão normal, a maior oferta recebe o prêmio. A quantidade de sorteios e leilões que podem ocorrer em um grupo de consórcio sempre dependerá do capital presente no fundo. Este não pode ser inferior ao suficiente para a contemplação das cartas de crédito, senão nada feito. Por isso é tão importante que todos paguem suas parcelas.
Qualquer lance é avaliado na assembleia geral feita pela instituição, depois que os sorteios são realizados. Esse gerenciamento é realizado para que a empresa confirme quantos fundos possui, junto à dedução dos créditos oferecidos. Em suma, o valor do Lance é descontado do saldo do integrante do grupo caso ele seja o vencedor, por ter ofertado o valor maior.
E a contemplação?
No caso da contemplação do consórcio, isto acontece quando o integrante de um grupo de consórcio recebe o crédito por meio de sorteio ou maior lance, destinado para compra do bem desejado. Qual a contemplação, o consorciado recebe sua carta de crédito, e assim poderá comprar o item desejado onde quiser.
Ainda existe a possibilidade de, em caso de desistência de compra do Ita ou consorciado comprar um outro bem ou serviço da mesma natureza. Por exemplo, no caso de um consorciado que desejava comprar um automóvel, porém desistiu e agora quer comprar uma moto, ele pode prosseguir com o novo desejo.
Caso este consorciado queira um serviço específico e desistir do mesmo, ele poderá usar o mesmo crédito para outro, como no caso de desistir de uma grande festa para realizar uma viagem, respeitando o saldo da carta de crédito. A carta de crédito também possui a finalidade de quitar um financiamento. Contemplado em um consórcio de imóveis, o consorciado poderá comprar qualquer item que se caracterize como um imóvel.
Consórcio é investimento?
Por conta da sua forma de funcionar, muitos acham que um consórcio se trata de um investimento. Principalmente porque integrantes dos grupos acabam se beneficiando a longo prazo. Bom, o verdadeiro objetivo de um consórcio é juntar fundos de várias pessoas com a mesma finalidade para facilitar a compra do item desejado por todos, aos poucos.
Um consórcio não pode ser visto como um investimento, já que o segundo é o mesmo que aplicar dinheiro esperando retorno. O consórcio não retorna dinheiro por meio de aplicações, assim como funciona os investimentos.
Comparando os dois, nesse caso, o consórcio une você a administradora que cuida do seu dinheiro e de milhares de pessoas, e você entrega o seu saldo a elas, aos poucos, com uma promessa de contemplação futura.
Fazer um Consórcio ou Financiamento?
Essa dúvida pode ser dura para algumas pessoas, no entanto a resposta dependerá do seu objetivo final. Se você precisa do seu item com uma maior rapidez, o financiamento é a opção ideal para você. Isso porque no consórcio existe uma desvantagem para quem quer conquistar um item rapidamente: o fato de não ser sorteado. Também não é possível contar com grandes saldos para dar lances a curto prazo.
Por sua vez, seu prazo não é imediato, saiba que o consórcio é muito mais barato do que um financiamento, por não haver juros. Em 2020, por exemplo, por conta da baixa da Selic, houve valores mais exorbitantes de juros em financiamentos.