Falar sobre crianças consumistas não é nada fácil, pois ninguém quer acreditar que seus filhos estão envolvidos com algo do tipo. Mas, acontece que esses pequenos, são os grandes responsáveis por movimentar um mercado de nada menos que 50 bilhões de reais, e esses dados do IBGE estão desatualizados.

Conforme as datas importantes vão se aproximando, como Dia das Crianças e Natal, mais as expectativas das crianças em relação aos presentes aumentam e consequentemente as estratégias de marketing voltadas ao nicho infantil.

Por isso, vamos trazer mais a fundo esse assunto tão preocupante. E citar o que podemos fazer para resolver o problema.

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Crianças consumistas por compras

Em primeiro lugar, a compulsão por compras já não é algo limitado apenas aos adultos. Muitas crianças ao redor do mundo todo, estão sendo diariamente bombardeadas por pelo marketing abusivo da televisão e internet. Em especial no Youtube, onde os canais demonstram brinquedos e produtos como se fossem extremamente importantes e necessários.

A falta de discernimento e a inocência de uma criança, as transformam em vítimas perfeitas para as grandes propagandas. Sem ter o menor entendimento do que é real ou lúdico, elas interpretam toda e qualquer propaganda como uma necessidade extrema.

Além disso, também precisamos lembrar que devido à propaganda ser a alma do negócio, as grandes marcas não poupam despesas para traçar estratégias de marketing que realmente surtam os efeitos esperados. E consequentemente, criem mais crianças consumistas.

Os pais contribuem com as crianças consumistas

Como se já não fosse o suficiente toda a invasão publicitária que as crianças sofrem, o problema fica maior em casa. Pois, da mesma forma que os filhos, muitos pais também já são reféns do consumo, assim péssimos exemplos.

Por outro lado, existem também aqueles pais ausentes devido ao trabalho, que acabam encontrando nos presentes uma maneira de ‘compensar’ toda a ausência. Porém, esse é um hábito extremamente perigoso, pois podem acabar ensinando o hábito da chantagem, birra e coisas do tipo.

Por último, também temos uma problemática em questão que não podemos deixar de lado, a inclusão social dos nossos filhos. Diante da falta de determinado acessório, seja ele um celular do ano, roupas de marcas e afins, existe uma probabilidade bem grande de que essas crianças estejam sofrendo bullying.

Dessa forma, cabe aos pais anteciparem esses fatos, e já trabalharem com a mente de seus filhos quando se depararem com tais situações. Bem como, ensinar como agir para enfrentar tais ‘agressões’.

Por fim, as crianças que têm os pais mais presentes, estão mais preparadas psicologicamente para enfrentar situações como essas.

Crianças Consumistas: Duas dicas muito simples para melhorar as coisas

Agora que chegamos até aqui, você deve estar se perguntando o que fazer para melhorar as coisas em casa. E para te ajudar, trouxemos duas dicas extremamente úteis, sendo normalmente escritas por psicopedagogos e psicólogos.

Dica 1: Estabeleça limites

Sabemos que é muito difícil controlar tudo o que os nossos filhos assistem, ouvem e leem. Por isso, uma das melhores maneiras de solucionar essa questão é na base da conversa.
Procure explicar que as crianças não poderão ter todos os brinquedos e produtos que assistem na televisão, por exemplo. Explique, sobre o gasto, os valores e o quanto aquilo irá realmente proporcionar ao seu filho.

Apesar de ser difícil negar algo para os nossos filhos, ainda mais quando normalmente estamos ausentes devido ao trabalho. Lembre-se que estabelecer esses limites e deixar a criança experimentar a frustração, é extremamente importante para o desenvolvimento psicológico delas.

Dica 2: Ofereça tempo de qualidade

Em primeiro lugar, esteja de fato ali para o seu filho. Entenda que para eles o mais importante é você estar realmente ali.

Procure desligar seu celular e afastar sua mente dos problemas e do trabalho. Realmente esteja ali para brincar, ouvir, conversar, pular, gritar e cantar. Participe plenamente das brincadeiras, e deixe que a imaginação os envolva.

Por mais que você tenha pouco tempo disponível, realmente se dedique em estar ali. Para o seu filho, isso será bem mais valioso que qualquer brinquedo caro.
Como já dizia a propaganda da MasterCard, estar presente de verdade não tem preço.

Conclusão

Definitivamente, não temos como controlar tudo o que chega aos nossos filhos. Porém, conseguimos ainda ensinar valores e criar limites às vontades deles. Afinal, nossos filhos apesar de tudo continuam nos amando, mesmo sem ganhar um brinquedo caro ou celular do ano.

Pratique dedicar mais tempo de verdade com seus filhos. Demonstre que você realmente está ali para eles. Como resultado, verá que nenhum brinquedo irá satisfazer tanto quanto a sua presença sincera. Por fim, não deixe de ensinar-lhes que nem sempre terão o que querem. Mas, que quando possível pode ser que ganhe, isso dependerá unicamente de você.