As taxas de juros servem para reajustar valores a serem recebidos no caso dos investimentos a curto ou a longo prazo ou para pagamentos quando se trata de empréstimos bancários. Vale a pena se atentar ao custo-benefício que este procedimento financeiro irá lhe trazer para não cair em armadilhas. 

Para quem pensa em realizar um empréstimo deve estar atento com as variações que o mercado sofre em tempos de alta de taxas que são implantadas de acordo com o tempo previsto de pagamento da dívida.

Vale a pena observar se a instituição financeira a qual você fará esta operação tem vantagens, por exemplo em uma antecipação para quitação da dívida. 

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O que é juros?

Juros é o lucro recebido quando é disponibilizado um valor em dinheiro de uma entidade financeira ou de uma pessoa para outra. Deste modo é determinado sob algumas condições e períodos que serão pagos, e este trato é feito através de contrato ou verbalmente se for entre pessoas comuns.

Quem faz esse tipo de transação seja credor ou devedor precisa entender sobre esta tarifa a ser efetivada na negociação, por aí será definido qual será o custo total para ambas as partes.

Para melhor entendimento, a taxa de juros quando se é o credor é o que se recebe por ter concedido crédito antecipado. Por outro lado, para quem paga é uma desvantagem dependendo da ocasião.

Este recurso equilibra o desejo de poupar que algumas pessoas possuem, e a vontade de pegar dinheiro emprestado de outros. 

O que é a taxa básica de juros

Para entender o que é a taxa básica de juros é necessário compreender o percentual que será determinado a longo prazo por perspectivas, tanto do devedor quanto do credor.

Pois para o devedor, a taxa mostrará o custo que ele terá mensalmente a ser pago ao credor. Por outro lado, para o credor essa perspectiva mostrará o valor que ele receberá ao disponibilizar este valor.

Se tratando de produtos financeiros disponíveis, não existe uma taxa única para as operações, no entanto uma taxa de juros que é a referência definida pelo Banco Central de cada país chama-se taxa-mãe.

Diferença entre selic para a taxa de juros

A cada 45 dias é definido pelo Comitê de Política Monetária qual será a taxa SELIC. Se esta taxa aumentar, maiores serão as taxas que serão praticadas nas instituições financeiras. E se este indicador foi menor, então as taxas de juros serão menores. 

Esta é a taxa da economia brasileira, que é o termômetro financeiro do país onde as decisões deste comitê, favorece ou não os juros de empréstimos ou aplicações financeiras.

O Banco Central usa como artifício para reduzir a inflação o aumento da taxa SELIC, com isso, as demais taxas de juros têm incidência a subir, deixando os empréstimos com valores mais elevados.

A taxa SELIC e CDI têm vínculo direto com números próximos. Isso significa que as instituições financeiras fazem empréstimos entre elas para evitar o fechamento negativo. E ao emprestar entre elas fica acordado os juros CDI. 

O que garante este tipo de transação são os títulos públicos e estão indexados diretamente à taxa SELIC. Por isso existe esta correlação entre eles, sendo que o valor da taxa de juros CDI fica sempre mais baixo que a taxa SELIC.

Agora se tratando de SELIC e Inflação existe um limite para que não ocorra risco de ser ultrapassado. E desta forma o Banco Central utiliza esta estratégia para não elevar a alta dos juros. Com o controle da inflação o governo incentiva a economia reduzindo a taxa SELIC.

Se a taxa SELIC está elevada, vários investidores de âmbito mundial aplicam o dinheiro no Brasil aproveitando a taxa de juros. E desta maneira, a circulação de dólar na economia faz a nossa moeda ganhar força. 

Portanto, se a taxa de juros está em alta, a moeda nacional se valoriza diante do dólar, isso faz com que os preços dos produtos importados diminuam, tornando o Câmbio mais vantajoso.

Como funcionam os juros?

Há muitos questionamentos de como os juros funcionam, e para alguns não é complicado e para outros este assunto é bem complexo, pois eles são representados por percentual ou valor monetário.

Na representação de percentual será mostrado o quanto será pago no saldo devedor em %. Já na demonstração do valor monetário será mostrado o valor real correspondente ao empréstimo ou aplicação.

Para ficar ainda mais claro de como os juros funcionam na vida econômica das pessoas é extremamente importante que se compreenda a diferença entre os juros simples ou compostos.

Essa análise faz perceber o quanto se perde com empréstimos ou ganha com investimentos é essencial para a saúde financeira.

Juros simples

É aplicado sobre o valor inicial que se dá tanto no que será emprestado ou investido. Não há ocorrência de juros sobre juros que sejam cumulativos em períodos anteriores. A base é que seja inserido sobre o valor após o início do empréstimo.

Em um exemplo simples é possível compreender que em um empréstimo no valor de R$5 mil, com a taxa de juros simples de 9% a.a., sendo que a negociação é em 24 meses, o total será de R$450,00 no primeiro ano e de mais R$450,00 no segundo ano.

Portando os juros ao final serão de um total de R$900,00 agregado ao valor dos R$5 mil. Este valor de R $5.900,00 será o valor total da dívida a ser paga em dois anos.

Esta modalidade é de fácil entendimento, pois é definida antecipadamente sobre o valor que será emprestado.

Juros compostos

Este é o que chamamos de juros sobre juros, e atualmente é o mais comum em regimes bancários ou de instituições financeiras, pois o percentual dessa taxa irá incidir no valor final do período anterior, após o valor já ter sido acrescido. 

Por exemplo: em um empréstimo no valor de R$5 mil, com duração de 24 meses para pagamento a taxa de juros composto é de 9% a.a. o total de juros para os primeiros 12 meses será de R $450,00 como no cálculo de juros simples. 

A partir do segundo ano a taxa de juros incide em cima do saldo devedor do primeiro ano, ou seja, o valor total do primeiro ano será de R$ 5.450,00 + R$490,50 (juros do segundo ano), então o valor final será um total de R$ 5.940,50.

Como se calcula a taxa de juros?

O cálculo para taxa de juros é uma porcentagem determinada ao ano ou ao mês pelo prazo concedido. É uma porcentagem que será dividida em parcelas, que poderão ser juros simples ou compostos que serão descritos em um acordo firmado em contrato ou verbalmente entre as partes. 

Alguns itens devem ser considerados para que seja determinado o tipo juros que será aplicado:

  • Custos administrativos;
  • Compensação pela não aplicação do dinheiro em outro investimento;
  • Riscos do empréstimo, quanto maior for mais os juros serão elevados;
  • Índice de inflação.

Existem oscilações de taxas de juros que dependem de cada tipo de contrato, por exemplo: a utilização da taxa SELIC que estabelece limites de juros para o comércio.

Quais são os tipos de juros?

Em muitas das vezes os juros não poderão ser definidos com precedência, pois dependerá da modalidade a ser efetivada em decorrência de diversos fatores como possibilidade de comprometimento de valor, pois isso será ajustado conforme todos critérios da instituição financeira.

Prefixados

São juros que são pré-determinados exatamente na época da contratação do empréstimo, ou caso for um investimento também será entendido precisamente quanto irá receber em sua aplicação.

Pós-fixados

Neste caso, para quem paga ou recebe será imprevisível qual taxa será a base para cobrança ou pagamento. Pois sofre variação de indexação como CDI (Certificado de Depósito Interbancário), IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), IGPM (Índice Geral de Preços de Mercado), IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) e INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).

De mora

É um percentual aplicado sobre o valor da cobrança que está em atraso, exemplo: conta de energia elétrica, conta de água, telefone, condomínio etc. É um juro que será cobrado por dia até que se quite o boleto. Porém esta taxa é fixada e não pode ultrapassar os 2%.

Rotativos 

São taxas com percentuais altos sobre o valor da dívida de cartão de crédito que não foi paga em sua totalidade, gerando um saldo devedor que é um dos mais caros entre as instituições financeiras em torno de 20% a.m.

Qual a importância dos juros?

É importante conhecer toda funcionalidade dos juros que decorrem de uma dívida ou investimento, pois gera uma contribuição prática na economia. Evitar que seu nome vá parar no SPC ou Serasa te deixando negativado. Por isso é necessário entender a perspectiva tanto de quem paga quanto de quem irá receber.

Para quem investe

Para o investidor, os juros se tornam importantes, pois o principal aspecto é a possibilidade de um patrimônio acumulado por quem tem uma disciplina ao administrar.

O que saber além dos juros para investir

  • Rentabilidade – saber que não é garantida;
  • Diversificação – compatível com o perfil do investidor;
  • Tempo que será mantido o investimento – o retorno não é imediato.

Para quem paga

Quem faz um empréstimo ou financiamento paga juros à instituição financeira que escolheu, com valores muitas vezes superiores dependendo do momento em que a contratação da taxa foi aplicada.

Como reduzir os juros

O ideal para evitar a incidência de juros abusivos, é procurar algumas modalidades com menores taxas, ou crédito com garantia. Pois assim o banco corre menos risco porque terá um bem para cobrir os prejuízos caso este empréstimo não seja pago.

A sugestão para conseguir o benefício de desconto de juros em empréstimos, é o devedor entrar em contato com o credor, de forma a negociar esta taxa. Outra possibilidade é fazer a portabilidade entre as instituições que disponibilizam menores taxas de juros.

Sobre os empréstimos consignados, as taxas têm incidência menor, já que é descontado diretamente da folha de pagamento.

Vilão ou amigo?

Se você pretende usar o benefício do empréstimo, fique atento às taxas que serão aplicadas, saiba que o local onde este serviço é oferecido, precisará esclarecer todas suas dúvidas para que haja entendimento completo do tipo de juros que irá incidir e os prazos.

Mediante a isso, leve em consideração que caso o pagamento não seja efetuado dentro do prazo os juros já começa a contar a partir do dia seguinte. Faça um planejamento para evitar que sua vida financeira se prejudique.

Já para quem investe, atente-se apenas em qual instituição você colocará seu patrimônio, se assegure que é um local que irá te dar toda a clareza necessária quanto às taxas administrativas e a partir de quanto tempo você poderá realizar movimentações com os juros que lhe for beneficiado.

A melhor alternativa é estar sempre com a vida financeira em dia, livre de dívidas e poupando para realizar seus sonhos. Recorrer a empréstimos ou financiamentos muitas das vezes é cair em uma armadilha onde as instituições financeiras se beneficiam dos juros abusivos. 

A tomada de decisões corretas torna estes tipos de ações serem vistas como benefícios, tanto para quem contrata quanto para quem investe. 

Já a falta de coerência faz estes benefícios se tornarem grandes vilões. Peça sempre a ajuda de quem entende do assunto caso para você alguma hipótese contratual não esteja clara.