A informação do Jornal Estadão chamou grande atenção, mostrando que o Pix conseguiu tirar de circulação 40 bilhões de reais em moeda na forma de espécie .Essa é a prova da força de uma ferramenta 100% nacional e que já recebeu alguns prêmios internacionais.

Porém, a sua adoção em massa não foi apenas para fins de transferência de pagamentos entre pessoas com a necessidade de trocas. Começou uma onda de golpes e necessidades nos últimos meses que fez o Banco Central impor algumas restrições.

Apesar disso, algumas pessoas desconhecem essas principais alterações, por isso, veja as principais informações sobre o assunto:

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Porque o Pix existe se temos TED e DOC?

Uma dúvida muito comum entre os usuários do sistema financeiro é se perguntar o motivo da criação do Pix. Pois, temos à disposição outros meios de transferências que poderiam ser alterados para atender as mesmas necessidades, sem precisar criar uma nova.

Entretanto, como o próprio presidente do Banco Central já mencionou em tempos anteriores, o foco do Pix não é substituir outras maneiras criadas para realizar transferências. Mas complementar e oferecer diferenciais que atendam outras necessidades dos usuários que vão além de levar o dinheiro do ponto A para o ponto B.

Porque o Pix vem sendo limitado?

Quando falamos dos motivos das alterações recentes do Pix, não podemos deixar de mencionar:

  • Roubos.
  • Furtos.
  • Golpes pela internet.
  • Sequestros.

Este último ponto, talvez seja o que pesou muito nos últimos meses, pois, cresceram de forma exponencial tanto nas grandes cidades, quanto nas de menor porte. Com isso em mente, a cúpula do Banco Central decidiu propor algumas mudanças em relação ao uso do Pix. Entre as principais percebidas pelos usuários serão:

1.Alteração de limite noturno

Como um meio de nortear as instituições financeiras, foi definido um período que compreende Às 20h e vai até às 06h. Além dessa regra, fica estipulado um valor de 1000 reais como sendo o valor máximo que pode ser transacionado entre pessoas físicas durante esse período. 

E, também, é válido mencionar os finais de semana, que continuam limitados, porém, utilizando a mesma regra do noturno em teto de valor e do horário permitido. Vale lembrar que até o momento, o número de transações continua sem limites e sem custo para as pessoas físicas.

2.Alterando as configurações

Apesar de toda essa avalanche de mudanças, ainda cabe ao usuário decidir ou não pelo valor do limite noturno. Assim, se você entrar nas configurações do aplicativo do seu banco, é possível personalizá-lo de acordo com a sua demanda.

Caso as políticas daquele que usa, impeça você de usar, há dois caminhos plausíveis, o primeiro de entrar em contato com o suporte e o segundo de trocar de banco e escolher um que realmente atenda às suas necessidades.

Qual o futuro do Pix planejado pelo Banco Central?

Uma das principais soluções que devem aparecer nos próximos anos é a função de saque. Sendo a chance de terceirizar, para a maior quantidade de pessoas possível o acesso a papel moeda. Assim, qualquer estabelecimento ou pessoa com alguma reserva pode ceder para terceiros que precisam desse meio de pagamento.

Outro ponto fundamental para as alterações é o uso do Pix como uma identidade virtual, por isso, no futuro, teremos mais uma forma de documento, porém, sem ocupar espaço na sua carteira. Por fim, é natural a evolução do Pix crédito, onde as pessoas, utilizando o limite do seu cartão de crédito, podem pagar a vista utilizando a garantia do banco escolhido.

Quais outras maneiras de proteger seu Pix?

Apesar de existirem pessoas mais radicais que não usam essa ferramenta para realizar transferências, abrir mão do Pix é perder a esperança na modernização do sistema financeiro nacional. Assim, algumas medidas protetivas incluem:

  • Não compartilhar seu CPF com ninguém, apesar de ser apenas um número, muitos golpistas podem se aproveitar de você para te enganar ou até mesmo contratar certos produtos ou serviços utilizando ele sem o seu consentimento;
  • Não abra links desconhecidos ou que não foram solicitados por você caso não conheça quem está enviando;
  • Desconfie quando, até mesmo uma pessoa conhecida te mandar solicitações pedindo dinheiro;
  • Ative no seu Banco, através do aplicativo, proteções e bloqueios contra compras e transferências em horários como o noturno e fora da sua localidade onde costuma realizar estas ações.

O que fazer em caso de golpe?

Todo mundo quer passar livre de golpes durante toda a sua vida financeira, afinal, todo o esforço mensal é resultado do valor que está presente na conta bancária.

Entretanto, não dá para pensar apenas no aspecto positivo. Saber se proceder quando você for passado para trás é fundamental não só para recuperar seu dinheiro, mas manter o controle e a saúde mental durante esse período.

Diante disso, o primeiro passo é realizar o boletim de ocorrência na Polícia Civil. Em muitas cidades você pode fazer diretamente online e confirmar por ligação. Para não ficar ancorado nisso, é preciso uma representação judicial, onde os profissionais irão colher todas as provas necessárias para conseguir seu dinheiro de volta.

Um advogado lhe auxiliará nesse sentido, afinal, apesar do preço, geralmente alto, desses profissionais ser alto, é preciso ir atrás daqueles que querem te ajudar e conseguem tornar acessível a busca por seus direitos.

Conclusão

Ainda temos muito a aprender sobre o Pix e as mudanças que ele vem causando não só na sociedade, mas também nele mesmo. Afinal, não é demagogia falar dele como sendo a próxima era do dinheiro

Entretanto, para isso se concretizar é essencial o papel de todas as pessoas de maneira ativa nesse processo. Justamente porque essa ferramenta precisa receber feedbacks sobre seu funcionamento para continuar com efeitos positivos na sociedade e não se perder por falta de suporte governamental.

Por fim, chega a hora de compartilhar o artigo que acabou de ler nas suas redes sociais para que mais pessoas possam conhecer todas as novidades orbitando o Pix.