A Macroeconomia é um assunto que deveria ser de importância a todos os investigados. Particularmente, graças a sua enorme relevância que esse conceito tem transparecido nos desenvolvimentos de diversos segmentos de operação de ativos, as quais são negociadas dentro do mercado de capitais.

Mesmo assim, há diversas pessoas que ainda desconhecem os comportamentos de maior relevância relacionados à macroeconomia. Devido a isso, é primordial que haja uma maior estruturação das principais questões que envolvem a Macroeconomia.

Macroeconomia: Entenda o conceito

Podemos definir a macroeconomia como um ramo dentro do âmbito econômico que estuda os fatores que envolvem essa conjuntura agregada age. De acordo com o que seu nome diz, ela está concentrada no aspecto macro, em sumo, o seu foco está na economia de um modo mais amplo.

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Portanto, a macroeconomia, em sua essência mais básica, é o ramo da economia responsável em lidar com a estrutura, comportamento, desempenho e tomada de decisões do conjunto, ou agregado, ao invés de concentrar-se nos mercados individuais. 

Referente a prática, esta área acaba analisando os aspectos microeconômicos de maneira agregada e não separada.

Em conjuntura econômica, há uma enorme variedade de fenômenos por toda a economia e é examinada cautelosamente. Dentre eles, a inflação, níveis de preço, renda nacional, o PIB, taxa de crescimento e a variação nos níveis de desemprego.

O tipo de contexto econômico em questão, envolve, ainda, suas principais tendências e a forma que a economia se move por inteiro. Nesse sentido, os fatores primordiais que movem o ritmo econômico se encontram no campo dessa análise.

Ao fazer isso, é estudado pelos especialistas os indicadores agregados, desde os níveis de desemprego e até índices de preços, e os índices de preços. Após isso, serão avaliados como os segmentos da economia são correlacionados entre si.

Ainda, eles procuram fazer o desenvolvimento de pesquisas para explicar a correlação entre os indicadores, como aplicações financeiras, rentabilidade, inflação, entre outros. Ademais, a economia é impactada como um todo pelo estudo de como cada relação se relaciona.

Nesse sentido, vale ainda ressaltar que, frente a significância desse tipo de pesquisa, acaba sendo comum que esses modelos macroeconômicos e as suas previsões sejam usadas por instituições do governo, a fim de orientar as políticas econômicas do país. Tem diferentes retratos utilizados, com base em teorias desenvolvidas ao passar dos séculos.

Quando surgiu?

Em primeiro lugar, é primordial citar que, este contexto, do modo que é abordado nos dias de hoje, começou a ser falado por meio do livro “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” de John Maynard Kaynes em 1936.

Com isso, Keynes oferece uma explicação para esse resultado da Grande Depressão, quando a economia americana estava desolada com seus trabalhadores sem emprego, conjuntura o qual deixou os economistas perplexos.

A razão pela qual os mercados podem não ser tão claros quanto possivelmente parecem é explicada pela teoria de Keynes. Por isso, é importante reparar, ainda, que esta teoria passou por grande evolução ao longo do século XX, evitando várias escolas macroeconômicas de pensamento, que conhecemos como macroeconomia Keynesiana, frequentemente referidas como Keynesianismo ou teoria Keynesiana.

No entanto, é fundamental citar que este conceito de macroeconomia persiste há séculos e ainda está em constante evolução. O pleno emprego, uma das políticas que Keynes defende, por exemplo, se difunde por vários pensadores econômicos ao longo do século anterior.

O conceito de macroeconomia se difunde mais após as décadas de 1920 e 1930 justamente por se tratar de um período em que há mudanças maiores na organização da sociedade e das políticas econômicas. Após a Segunda Guerra Mundial, se exigiu um maior esforço para a reconstrução dos países envolvidos na guerra e que jogou luz sobre esse tema.

Desde então, esse tema se desenvolveu e atravessou diferentes correntes de pensamento. No entanto, as variáveis que influenciam a análise macroeconômica tendem a ser as mesmas. Porque apesar da mudança de direção de uma determinada academia ou política econômica, a análise usualmente observa para os mesmos índices.

Consequentemente, o método de análise das condições macroeconômicas de uma economia pode acabar variando de especialista a especialista ao passar do tempo. Os estudos em questão seguem evoluindo cada vez mais  pois devem se adaptar às condições de cada época, fundamentalmente a economia dos anos 2000 é diferente da economia dos anos 20.

A Macroeconomia funciona de que modo?

Certamente, a Macroeconomia relaciona as mais diversas variáveis como o entendimento da razão e consequência das flutuações em curto prazo, na qual tem ligação direta ao ciclo econômico no país.

Além disso, outra área que tem envolvimento no processo em que esse ramo estuda busca o entendimento de alguns fatores determinantes para o crescimento econômico a longo prazo e até mesmo o crescimento na capacidade de gerar capital ao país em curto espaço de tempo com maior representatividade. Esse tópico se dá ao tempo de maturação para um investimento ou política econômica.

No que se refere a relação desses dois pontos é evidente que a compreensão mínima sobre curto e longo prazo seja entendida. Sendo assim, não se tem um padrão temporal para a definição de longo e curto prazo, porém até mesmo as políticas assumidas focadas a longo prazo vão ter impacto a curto prazo e é primordial que esse ponto seja compreendido.

Uma política para aumentar os investimentos têm tendência a ter um tempo para maturação, a fim de gerar um impacto positivo na economia por inteiro. Isso ocorre, visto que até o investimento terminar e acontecer de forma plena, por exemplo, tem um espaço temporal relevante.

Além disso, vale falar sobre a relação dos dados agregados. O crescimento econômico por si só não explica tudo, por exemplo. Em suma, há outros pontos que fazem que ele cresça, como o aumento dos investimentos, aumento do crédito, expansão dos investimentos, melhora no mercado de trabalho, entre outros.

Dessa maneira, todas as variáveis que carregam relevância nesse ramo estão interligadas e precisam ser analisadas em conjunto. Indubitavelmente, é primordial que as especificidades de cada variável analisada sejam compreendidas, porém, para conclusão desta área estudada, a informação acrescentada é fundamental para que uma análise macroeconômica seja realizada.

Para que serve a Macroeconomia?

Em resumo, a política macroeconômica é o que define as políticas econômicas em prática no país. Esta política se divide em dois grandes temas, que são os seguintes:

  • Política fiscal;
  • Política monetária.

Esses dois modos de política econômica participam do arcabouço da macroeconomia e precisam ser entendidos como parte do todo.

Política Fiscal

A política fiscal se refere, resumidamente, aos investimentos que o Governo faz, os quais podem ser realizados de modo indireto e direto. A política fiscal expansionista pode ser realizada através de novos investimentos ou até mesmo pela redução de impostos, as duas medidas dão impulso à economia.

Política Monetária

A política monetária está geralmente relacionada com a disponibilidade de dinheiro na economia. Consequentemente, uma política que visa aumentar a quantidade de dinheiro em circulação é considerada uma política monetária para o crescimento e uma política que visa retirar dinheiro de circulação é considerada uma política monetária contracionista.

A alteração das taxas de juros é um exemplo de política monetária. Quando o banco Central do Brasil baixa a taxa Selic, estimula o crescimento do crédito e, portanto, com um limite de crédito maior, a tendência é que mais dinheiro circule.

Além das mudanças na taxa de câmbio Selic, a forma clássica de política monetária é a emissão de papel-moeda. Nesse caso, o entendimento é mais simples, quando o banco Central emite papel-moeda, aumenta a base monetária e, portanto, realiza uma política monetária expansiva. Por outro lado, quando o papel-moeda é desmantelado, conduz uma política monetária contracionista.

Ambas políticas estão intimamente relacionadas e não podem ser analisadas separadamente. resumindo: a política macroeconômica, que parte da política fiscal e monetária, serve para estimular o crescimento econômico e aumentar o bem-estar da população. Consequentemente, os objetivos dessa política são: crescimento do PIB, redução do desemprego e a estabilização da inflação.

Principais Indicadores Macroeconômicos

São muitas as variáveis macroeconômicas que afetam a economia de um país. Entre elas, pode-se destacar algumas, tais como:

  • Inflação;
  • Desemprego;
  • Taxa de juros;
  • Consumo;
  • PIB.

Cada tópico citado anteriormente tem uma influência distinta no rumo econômico do país. Nesse sentido, você irá conhecer abaixo em maiores detalhes o que é cada uma das variáveis e como elas afetam a economia.

Como os indicadores macroeconômicos influenciam nos investimentos?

Os indicadores macroeconômicos têm impacto direto nos investimentos, o que inclui os de renda variável. Visto que as empresas nas quais os investidores consomem ações não se isolam da economia. Dessa maneira, as companhias dependentes desse setor estão respondendo ao ritmo econômico de forma incessante.

Referente a renda fixa, esta relação será mais direta. Já aos títulos públicos, normalmente são indexados ao IHPC ou taxa Selic. Há um impacto direto sobre os rendimentos dos títulos do Governo, graças às variações desses dois indicadores.

Os títulos de Private Equity, como LCI e LCA, por exemplo, também têm vínculo direto a esses índices. Sua maioria foi indexada ao CDI, que possui relação com a Selic, embora não seja a mesma.

No caso de renda variável, a relação não está diretamente relacionada. Visto que os indicadores macroeconômicos afetam os ativos indiretamente. Nesse sentido, existem empresas que podem, por exemplo, reagir positivamente a um aumento no preço da Selic e outras negativamente.

Os estoques de construção tendem a ter um impacto positivo quando a taxa Selic é reduzida, pois esse setor depende do crédito para grande parte de suas vendas. No entanto, existem setores como o financeiro cujas colocações são indexadas à Selic e tendem a ter impactos negativos.

Esse exemplo da Selic geralmente pode ser replicado para outros indicadores macroeconômicos de ações em setores que se movem em direções contrárias. Consequentemente, este exemplo auxilia a representar como o mercado de ações é afetado por indicadores macroeconômicos.

Fica claro que entender os conceitos de macroeconomia é fundamental e relevante para investidores que desejam entregar resultados mais integrados no contexto de investimento de longo prazo.

Inflação

A inflação é uma das variáveis macroeconômicas mais perceptíveis no cotidiano das pessoas. A inflação é a taxa na qual os preços sobem ao longo de um período de tempo em uma economia. Usualmente é expresso como um ano. Por exemplo, em 2017, a inflação no Brasil foi de 2,95%.

Alternativamente, pode ser expresso como um total que se acumulou em um ano. Por exemplo, muitas vezes escutamos a expressão que a taxa de inflação acumulada é x%. Porém, na prática o que a inflação pode significar?

A inflação na prática é um aumento nos níveis de preços. Por exemplo, se um produto custa 100 reais com inflação de 5%, ele custa 105 reais.

Desemprego

O desemprego tem um grande impacto em outras variáveis macroeconômicas. De fato, em uma economia com alta taxa de desemprego, o consumo compreende a diminuir, então as empresas ganham menos e o PIB ameniza.

Na Grande Recessão o desemprego é sempre alto. No Brasil, após a recessão econômica de 2015/2016, a taxa de desemprego atingiu quase 14 % da população em 2017, o que é um número muito alto.

Um fato interessante a ser observado sobre essa variável é a defasagem normal do ciclo de negócios. Porque os despedimentos são muitas vezes adiados. Devido aos altos custos para os empregadores.

Uma vez que as demissões ocorrem, os empregadores geralmente levam muito tempo para contratar, mesmo quando a economia melhora, visto que há ausência na confiança. Portanto, o desemprego é muitas vezes uma das últimas variáveis a reagir após uma crise econômica.

No Brasil, o pico de queda do PIB durante a última recessão foi em 2016, enquanto o desemprego ainda é relevante em 2018.

 Taxa de Juros

As taxas de juros são meios da política monetária aplicada pelo Banco Central (Bacen), a fim de direcionar a economia na direção desejada. Sendo uma variável bastante relevante quando nos referimos à determinação do custo do empréstimo.

Em resumo, quando o Bacen deseja estimular a economia. Ele abaixa os juros, o que por consequência, reduz o custo de empréstimos e financiamentos. Desse modo, se torna mais prático para que as empresas invistam em novos trabalhos e projetos.

Porém, uma das desvantagens de diminuir as taxas de juros é que em determinado momento a inflação pode aumentar. Enquanto os cortes nas taxas de juros buscam encorajar a economia. No entanto, o aumento das taxas de juros se opõe.

As altas taxas de juros são colocadas principalmente para combater a alta inflação. Isso ocorre porque quando as taxas de juros aumentam, a quantidade de dinheiro na economia ameniza e o consumo ameniza. Muitas vezes é considerado uma cura amarga para a depressão.

Visto que, enquanto é aproveitável para controlar a inflação, a alta dos juros também pode causar queda do desemprego e PIB.

Consumo

Dentre as variáveis, o consumo é a com maior impacto no PIB. O que é muito importante, já que sem consumo não é possível ter renda para as companhias, então não tem vagas.

Por essa razão que diversos empreendedores acompanham de perto os números de consumo dentro da economia. Porém, há indicadores importantes como a confiança do consumidor que podem afetar a economia futuramente.

Com a confiança do consumidor crescendo é esperado que haja mais consumo nos próximos meses. Por isso, o Índice de Confiança do consumidor é incessantemente monitorado.

PIB

PIB quer dizer produto interno bruto. Sendo a soma de todas as riquezas que um país produz. Podemos dizer que ele é a variável mais resumida de todas apresentadas neste artigo.

Já que o PIB é influenciado através dos dados de todas as variáveis citadas anteriormente e representa uma síntese do momento da economia. Em períodos recessivos o PIB cai, ou ao menos deixa de crescer.

O PIB, no Brasil, por exemplo, teve queda de 10% entre 2015 e 2016 enquanto houve a recessão. Por isso, o PIB, certamente, é o principal sinal quando há uma crise ou recessão econômica.